«AS TERRAS DO RIO LIS»

Há muitos anos que não visitava Leiria. Quando lá estive pela primeira vez em 1993, na altura tinha 23 anos, fiquei com a impressão de ser uma cidade com poucos atrativos para a malta jovem. Apenas um cinema, não havia muita atividade desportiva, nem cultural, pelo menos não tão visível. À noite, a única alternativa eram os bares do terreiro (no centro histórico da cidade) e as discotecas.

Passados 8 anos, eis que retorno a Leiria. A minha primeira impressão ao chegar, foi de uma cidade muito mais movimentada e cheia de jovens do que a que tinha conhecido em 93. O centro estava repleto de pessoas, construíram um novo parque por trás do que já existia no centro. Um local muito aprazível e que, pelo que me contaram, tem sido constantemente aproveitado para as mais diversas atividades lúdicas. Hoje, por exemplo, havia muitas atividades desportivas. No rio Lis estavam a praticar uma espécie de polo aquático utilizando kayakes (canoas). No parque, havia desde basquete até desportos radicais como skate.

Mas não havia só desportos no parque Tenente Coronel Jaime F. da Fonseca. Parte do parque estava repleto de pessoas que visitavam mais uma edição da Feira do Livro. Diversos quiosques exibiam o que há de melhor na literatura portuguesa, e não só, livros de Fernando Pessoa e José Saramago faziam a delicia dos visitantes. Gostei imenso de ver como Leiria tinha mudado. Outrora queixava-me de não haver o que fazer, agora de não saber o que ver e fazer primeiro. Leiria é uma verdadeira cidade de sucesso. Uma evolução a olhos vistos!

Passamos ainda pelo Centro Comercial, também super movimentado e com diversas lojas abertas. (Pasmem, hoje é domingo e, mesmo assim, tinha diversas lojas abertas).

Uma visita a Leiria não pode deixar de lado um salto até o Castelo. Por sinal, a cidade nasceu dentro das muralhas do Castelo. Foi com a vitória na batalha de Aljubarrota, em 1385, que veio a paz tão necessária para a expansão da cidade. No século XV Leiria já era importante pela sua fábrica de papel. A primeira do reino.

Voltando ao castelo. Para encontrá-lo, deve seguir a estrada que vem do centro em direcção à Câmara Municipal. No cruzamento já perto da Câmara Municipal, vire à direita e siga sempre em frente. A partir dai vai encontrar diversas placas indicando o caminho.

O Castelo de Leiria é muito maior do que o de Ourém. Uma parte do castelo está em ruínas, outra parte do mesmo está em estado bastante razoável, inclusive, com algumas salas onde costumam decorrer apresentações de música e teatro. A entrada custa 155$00. Um preço realmente pequeno para a vista deslumbrante do alto do Castelo. Não me importava de pagar um pouco mais se isto ajudasse na restauração do castelo. Não que ele esteja realmente em mal estado. Não é isso. As partes que se mantiveram em pé estão em estado até bom. O triste é ver que um castelo que outrora foi tão grandioso não seja recuperado para devolver a Leiria todo o esplendor do seu patrimônio secular.

Após passar pelo portão principal, já dentro das suas muralhas, logo à esquerda encontrará uma casinha muito arrumada e florida, onde poderá não só pagar o bilhete de entrada, mas também adquirir peças de artesanato e cartões postais do castelo. A subida é acompanhada pelo cheiro das flores dos diversos vasos dispostos nas laterais da escadaria.

No final da escada, encontrará a parte do castelo que está em ruínas, mas com detalhes de pedras trabalhadas de janelas e paredes que se mantiveram de pé ao longo destes vários séculos de existência (o Castelo foi tomado aos Mouros em 1135 por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal).

A parte mais alta, uma antiga torre bastante ampla, oferece uma panorâmica fantástica sobre a cidade. Os antigos sabiam o que estavam fazendo quando escolheram Leiria para construírem o castelo. A vista alcança boa parte das freguesias vizinhas. Com um binóculos pode-se ir mesmo mais além. Uma ótima oportunidade para tirar fotografias.

Quando finalmente descer, não deixe de visitar os salões existentes na zona central. Estes estão muito bem conservados e são muitas vezes o palco de espetáculos de música e teatro. O seu terraço funciona como um verdadeiro miradouro, por entre as pedras ricamente trabalhadas das janelas pode-se observa o centro da cidade de Leiria, nomeadamente a zona histórica.

Uma coisa que não tinha reparado da primeira vez que estive em Leiria é a quantidade de monumentos históricos. Há muitas igrejas de rara beleza. Incluindo a enorme Sé Catedral, onde realizam-se missas muitas vezes acompanhadas por coral.

Não deixe de visitar o centro histórico de Leiria. A Praça Rodrigues Lobo, verdadeiro centro de Leiria, está rodeada por casas seculares, muitas com traça antiga bem conservada. Atualmente todo centro está a passar por obras de remodelação e conservação. Quando as obras estiverem concluídas será um prazer enorme ver um centro tão bem conservado.

O chamado "Terreiro" é a zona preferida pelos moradores como ponto de encontro à noite. Uma zona com muitos bares e muita agitação, onde pode-se tomar uma "imperial" olhando calmamente o movimento.

Para quem vai visitar Leiria, não deixe de antes conhecer o site da Região de Turismo de Leiria e Fátima em: http://www.rt-leiriafatima.pt e também as nossas páginas sobre Leiria emhttp://www.regiaocentro.net/lugares/leiria.

 

 

(*) Textos de Adriano Silva e fotografias de Gerard Durand.
Formato Original das imagens: 2240x1680, compressão 1:8
18 de Março de 2001.

Uma visita a Leiria não pode deixar de lado um salto até o Castelo. Por sinal, a cidade nasceu dentro das muralhas do Castelo. Foi com a vitória na batalha de Aljubarrota, em 1385, que veio a paz tão necessária para a expansão da cidade. No século XV Leiria já era importante pela sua fábrica de papel. A primeira do reino.



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