História

ORIGENS
A origem da vila da Lousã está intimamente ligada à da ocupação romana. São inúmeros os artefatos desta época que chegaram até nós, como pedras tumulares, moedas, tijolos, telhas, peças de metal e vidro. Alguns indícios apontam que no Vale do Ceira terá existido explorações de ouro de relevo.

A vila da Lousã provavelmente teve origem ainda nos tempos de ocupação muçulmana. Reza a lenda que um emir, ou um rei, teria mandado erguer o castelo para proteger a sua filha Peralta, pois precisaria ir para o Norte da Áfria em busca de reforços para combater as tropas cristãs. O nome deste emir seria Arunce, e em sua homenagem tanto a povoação quanto o castelo tiveram o nome de Arouce.

SÉCULO X 
Foi um período marcado pela reconquista cristã e expulsão dos mouros. Em alguns registos desta época, como um documento de 943 que estabelece um acordo entre o Abade do Lorvão (Mestúlio) e Zuleima Abaiud (moçárabe, um cristão convertido à força ao islamismo). Neste contrato surge o nome Arauz, topónimo identificativo de uma povoação muito importante na região. Localizava-se junto do local onde foi construído o castelo de Arouce.

Ainda no século X, ocorreu a repovoação da área onde hoje situa-se a sede do concelho.

SÉCULO XI e XII
Foi no séxulo XI com a chegada a paz ao Vale do Mondego, que ter-se-á iniciado o desenvolvimento da bacia da Lousã. Era uma altura em que já havia segurança e as pessoas podiam andar à vontade sem precisarem se refugiar atrás das muralhas do castelo de tempos em tempos.

O castelo é uma icógnita quanto à sua construção. A teoria mais aceite seria de que foi erguido na época da dominação muçulmana. Há factos que indicam que D. Sesnando, um moçárabe proviniente de Tentúgal (educado em Córdova) terá construído ou reformado o imóvel. D. Sesnando foi ainda um grande nome da história local. Ele reorganizou e foi o responsável pela defesa e pacificação do vasto território. Foi ainda responsável pela reconstrução de muitos castelos como o da Lousã / Arouce, Coimbra, Montemor-o-Velho, Penacova e Penela.

Durante os reinados de D. Teresa e depois de D. Afonso Henriques, a região da Lousã prosperou cada vez mais. Em 1147, foram reconquistadas Santarém e Lisboa. Com isso, o rei ordenou a recuperação de castelos importantes como o de Arouce, mencionado no foral de Miranda do Corvo em 1136. Em 1151 foi quando o castelo recebeu foral. Em 1160 ocorre a primeira referência a Lousã, sem estar ligada a Arouce, num documento régio.

SÉCULO XVI
Em 25 de Outubro de 1513 o seu foral foi renovado por D. Manuel I. O documento original deste foral encontra-se no Museu Municipal.

A fundação da Misericórdia, a 2 de Setembro de 1566, ocorreu durante o reinado de D. Sebastião.

 

SÉCULO XVIII 
Foi no decorrer do século XVIII que a Lousã transformou-se numa numa localidade ainda mais rica e próspera. As familias nobres efectuaram muitas construções com traçado fino. Ainda hoje, mantêm-se muitas dessas casas de amplas fachadas, de belas cantarias e portais trabalhados destacam os brasões das famílias. As quintas com solares que ainda restam, revelam a forma de vida adoptada pela fidalguia rural da época.

O Século XVIII foi ainda marcado pela criação da indústria do papel na Lousã (Engenho do Papel do Penedo), que assumiu grande importância na região, ganhando contratos de fornecimento para a tipografia da Companhia de Jesus de Coimbra, a Tipografia Académica fundada pelo Marquês de Pombal e até mesmo para a própria Casa da Moeda.

Nesta época surgiram várias indústrias no concelho, como:

a) A Fábrica do Casal de Ermio (1853/1890), tendo sido adquirida pela fábrica do Penedo algum tempo mais tarde para funcionar como central eléctrica. 
b) Em Serpins, a Fábrica do Boque (1868) com a primeira máquina portuguesa para produzir papel contínuo.

Foi ainda neste século, XVIII, que foi fundado o Hospício de Santo António (ligadoà Ordem Franciscana). Contudo, este foi abandonado em 1834 com o fim das ordens religiosas.

SÉCULO XIX e XX 
Em 1906, chegou o caminho de ferro ligando Lousã a Coimbra e daí a todo o país. Foi em 1924 que chegou a electricidade para substituir antiga iluminação a petróleo (de 1886) através da companhia Padilha e Rebelo (mais tarde Companhia eléctrica das Beiras).

As Invasões Francesas trouxeram a destruição e a pilhagem aos homens e bens da localidade. No início do século XIX à passagem de Massena as suas tropas destruiram tudo o que lhes foi possível. Pilharam e queimaram as casas, celeiros e igrejas. Ao que se sabe, da Igreja Matriz levaram inúmeras pratas, entre as quais uma custódia doada no século XVI pelo Padre Cáceres.

SOBRE A VILA

A vila se desenvolveu inicialmente em torno do largo da Igreja Matriz, onde se situavam também o Tribunal e os Paços do Concelho. As suas poucas ruas eram estreitas e as casas pegadas umas às outras. Algumas com jardins de grande beleza. As ruas Nova, das Forças Armadas e Viscondessa do Espinhal são conhecidas pelos solares barrocos. Nestas ruas localizavam-se os edifícios de serviços públicos, como a Misericórdia. O Casal do Rio ficava um pouco mais afastado e possuía um lindíssimo palácio. No século XX foram construídos a nova Igreja Matriz, o Hospital (1888), o Teatro e o matadouro (1893).

Continuando de mãos dadas ao progresso, Lousã espera para breve a construção do metro de superfície que facilitará a ligação a Coimbra.

ORIGENS


A origem da vila da Lousã está intimamente ligada à da ocupação romana. São inúmeros os artefatos desta época que chegaram até nós, como pedras tumulares, moedas, tijolos, telhas, peças de metal e vidro. Alguns indícios apontam que no Vale do Ceira terá existido explorações de ouro de relevo.



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