Trancoso

Trancoso é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e sub-região da Beira Interior Norte, com cerca de 3 200 habitantes, situada num planalto em que o ponto mais alto tem 898 m de altitude. Foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004.

É sede de um município com 361,52 km² de área1 e 9 878 habitantes (2011),2 3 subdividido em 21 freguesias.4 O município é limitado a norte pelo município de Penedono, a nordeste por Meda, a leste por Pinhel, a sul por Celorico da Beira, a sudoeste por Fornos de Algodres, a oeste por Aguiar da Beira e a noroeste por Sernancelhe.

Trancoso é um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos,5 estando uma das suas freguesias (Guilheiro) separada do resto do município por uma estreita faixa de território pertencente à freguesia de Arnas, do concelho de Sernancelhe; uma vez que este último município pertence ao distrito de Viseu, isto torna territorialmente descontínuo o distrito da Guarda (existência de um exclave),6 criando um enclave no interior do distrito de Viseu,7 casos únicos em Portugal.

 

Topónimo

A origem do nome "Trancoso" motiva hoje em dia a especulação e a imaginação9 . Existem pelo menos duas explicações, ambas de pendor mitológico. Tais explicações, contudo, poderão não ser tão fantasiosas como à partida seríamos levados a pensar. Uma destas explicações refere que o nome deriva de "troncoso", ou seja, o nome ficaria a dever-se ao facto de existirem árvores de grande porte na região em que a cidade foi fundada. De facto, Artur Taborda de Morais10 , no estudo "As árvores notáveis de Portugal", descreve individualmente o "Castanheiro do Campo - Castanea sativa Mili11 " e o "Freixo Grande de Trancoso - Fraxinus oxicarpa Willd"12 . O segundo, que foi considerado por Charles Joly (1818-1902)13 , em 1893, uma das maiores árvores da Europa14 , já não existe, mas ainda hoje é possível observar árvores impressionantes como a "Tília Grande de Trancoso". Outra explicação, que específica concretamente um ato de fundação, um pouco à semelhança de Roma (cf. Fundação de Roma), refere que a cidade terá sido fundada por um emissário vindo do Egipto ou da Etiópia. O nome do emissário seria Awseya Tarakos, que mais tarde viria a ser rei da Etiópia, da dinastia salomónica15 . Existem, também, outras cidades europeias cujos nomes têm algumas semelhanças com Trancoso, podendo haver alguma relação entre eles (Tarragona, Tarascon, etc.). Em Portugal, atualmente, é possível encontrar a designação Trancoso para outras localidades e lugares. Existe, ainda, um rio no norte de Portugal, afluente do rio Minho, que tem esse nome16 .

 

História

Com os seus numerosos monumentos, da arquitectura civil, religiosa e militar constitui um dos mais expressivos e belos centros históricos do país17 , visitado anualmente por muitos milhares de pessoas. Estes monumentos distribuem-se um pouco por todo o concelho.

Na arquitectura religiosa, destacam-se na sede de concelho, as igrejas paroquiais, de Santa Maria e de São Pedro, e a igreja da Misericórdia. Na arquitectura civil, encontramos a Casa dos Arcos, do século XVI, a Casa do Gato Preto (um curioso edifício do antigo bairro judaico), e o Pelourinho18 19 20 21 22 , bela peça do mais puro estilo manuelino.

Nesta cidade nasceram também o profeta e sapateiro António Gonçalves Annes Bandarra e o Padre Francisco Costa.

Pré-história e Antiguidade[editar | editar código-fonte]
A cidade de Trancoso, devido à sua localização, entre os rios Douro, Côa e Mondego faz parte de um conjunto de fortalezas situadas junto da serra da Estrela e da fronteira com Espanha. A sua localização privilegiada constitui um importante ponto de observação por sobre algumas das principais vias romanas que cruzam a região23 24 25 , nomeadamente aquela que fazia a ligação entre Braga e Mérida. Em todo o caso, este é um assunto até agora pouco aprofundado, tanto mais que, numa época mais próxima de nós, até mesmo o estudo das vias de comunicação existentes no Portugal da Idade Média se encontra ainda numa fase embrionária26 .

Assim, dada a sua localização, compreende-se a importância que esta cidade já tinha antes da fundação de Portugal. Durante a Reconquista trata-se de umas das praças fortes que mais disputa suscitou. Luís de Camões refere que a conquista de Beja, por D. Afonso Henriques, correspondeu a uma espécie de vingança pelo facto de Trancoso ter sido destruída ("Já na cidade Beja vai tomar / Vingança de Trancoso destruída27 ").

Não muito longe da cidade, encontra-se um importante sítio arqueológico considerado Património Mundial: sítios de arte rupestre do Vale do Coa. Desse modo, somos levados a pensar que toda esta região é habitada desde tempos imemoriais.

Época Medieval[editar | editar código-fonte]
Trancoso encontra-se hoje rodeada de muralhas, da época dionisiana, com um belo castelo, também medieval, a coroar esse majestoso conjunto fortificado.

Aqui se travaram importantes batalhas, entre as quais a de Trancoso28 , em 1385, num planalto a poucos quilómetros do centro histórico, que impôs pesada derrota às tropas invasoras e que antecipou o resultado da batalha de Aljubarrota.

Trancoso Contemporâneo[editar | editar código-fonte]
Trancoso foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004.

Não esquecendo a antiguidade, porém, Trancoso mantêm traços medievais no centro histórico quase inalteráveis, sendo o exterior um meio urbano já moderno e planeado.

Na contemporaneidade, o município de Trancoso tem vindo a estabelecer diversas parcerias com outros municípios aos níveis nacional e internacional. No caso de ligações directas com outros municípios destacam-se as geminações. Neste caso, até ao presente momento, constata-se que a cidade de Trancoso encontra-se geminada com outros municípios em Portugal, Brasil e Cabo Verde. No caso de ligações envolvendo diversos municípios, o município faz parte da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE).

A nível internacional, no âmbito dos projectos de cooperação transfronteiriça, o município integra a comunidade de trabalho Beira Interior Norte - Diputación de Salamanca (BINSAL), constituindo esta comunidade uma das regiões transfronteiriças entre Portugal e Espanha. Este espaço pode ser brevemente descrito nos seguintes termos:

"O espaço transfronteiriço que engloba a Comunidade de Trabalho da Beira Interior Norte – Deputación de Salamanca, é composto em território português por nove Municípios, que são: Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Celorico da Beira, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso. Da parte espanhola a Diputacion de Salamanca tem a seu cargo as Comarcas: Alba de Tormes, Ciudad Rodrigo, Fuente de San Esteban, La Sierra, Ledesma, Peñaranda de Bracamonte, Salamanca e Vitigudino29 ."

 

Fonte dos textos: Wikipedia

 

 

A antiga arquitectura local era baseada na utilização inteligente da pedra.

 

 

 

Entrada nas muralhas da Cidade.

 

 

 

Fonte das fotografias: Leonardo Opitz. (Fotografias tiradas em 2001 com uma câmera digital de apenas 1 megapixel).

Trancoso é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e sub-região da Beira Interior Norte, com cerca de 3 200 habitantes, situada num planalto em que o ponto mais alto tem 898 m de altitude. Foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004.

É sede de um município com 361,52 km² de área1 e 9 878 habitantes (2011),2 3 subdividido em 21 freguesias.4 O município é limitado a norte pelo município de Penedono, a nordeste por Meda, a leste por Pinhel, a sul por Celorico da Beira, a sudoeste por Fornos de Algodres, a oeste por Aguiar da Beira e a noroeste por Sernancelhe.

Trancoso é um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos,5 estando uma das suas freguesias (Guilheiro) separada do resto do município por uma estreita faixa de território pertencente à freguesia de Arnas, do concelho de Sernancelhe; uma vez que este último município pertence ao distrito de Viseu, isto torna territorialmente descontínuo o distrito da Guarda (existência de um exclave),6 criando um enclave no interior do distrito de Viseu,7 casos únicos em Portugal.

 

Fonte dos textos: Wikipedia



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